Um argumento sobre o fim do mundo
... tem sempre muitas formulações possíveis, variações para todos os gostos. A que se segue usa um argumento probabilístico e apenas uma hipótese fundamental usualmente chamada de principio Coperniciano, um principio de relatividade: que o lugar que ocupo no universo não é um lugar privilegiado.
Se N
for o número total máximo de humanos (nascidos ou ainda por nascer) o principio
de relatividade sugere que a posição relativa n
de um qualquer nascimento se
distribui uniformemente na sucessão de nascimentos, i.e. é igualmente provável
nascer um humano no inicio dos tempos ou no fim. Assim a fracção n/N
é uma
variável aleatória com distribuição uniforme entre zero e um.
Há assim 90% de hipóteses de alguém que nasça hoje ter nascido no último grupo, no grupo dos
90% últimos nascidos. Posso fazer uma previsão usando os dados do
world meter (hoje às
13:19:00) e a desigualdade N>10 x 7621351479
(que se obtém de n/N>0.1
). No
mesmo site retiramos que a taxa de nascimentos por dia é aproximadamente 500000
humanos por dia.
E logo o mundo, tal como o conhecemos, acabará mais dia menos dia em 38106757395000000
dias, ou antes,
daqui a 1.5242702958e+16
anos.
Não esquecer de marcar na agenda.
Criado/Created: 18-05-2018 [19:42]
Última actualização/Last updated: 27-11-2024 [17:00]
For attribution, please cite this work as:
Charters, T., "Um argumento sobre o fim do mundo": https://nexp.pt/ddr/fimdomundo.html (18-05-2018 [19:42])
(c) Tiago Charters