Trabalho e autogestão
Proudhon explicoria a sua versão, em que consistiria essa autogestão dos trabalhadores.
Assim todo o trabalhador
- terá uma parte indivisível da propriedade da empresa;
- realizará todas as tarefas, em regime de rotação, por mais pesadas ou repugnantes que sejam (claro sujeito às restrições de saúde);
- percorrerá a gama completa de operações e instruções, avaliação e atividades de modo a assegurar uma formação completa; percorreria todas as atividades da industria a que pertence;
Ainda sobre os lugares de coordenação/"chefia"
- lugares de chefia são atribuídos por eleição e os regulamentos devem ser submetidos aos associados para aprovação;
- a remuneração deve ser proporcional à natureza da posição que se tem, o grau de especialização e a responsabilidade. Todo os associados partilham do lucros na proporção do serviço que prestam;
- as associações de trabalhadores escolhem os seus lideres, engenheiros, arquitetos e contabilistas.
E a importante condição de cada um ser livre de estabelecer as suas horas de trabalho e de desempenhar as suas obrigações. Indispensável também a liberdade de abandonar a associação de trabalho a que se submeteu voluntariamente segundo a sua vontade.
Proudhon reafirmava a necessidade, urgente na altura e agora também, da necessidade de conhecimento científico e técnico e que deveria ser trazida para os programas de autogestão dos trabalhadores. E até na transição que se deveria trazer e pagar a quem ensinasse esse tópicos pagando-lhes um salário: há lugar ao sol para todos na revolução. Muito diferente defendiam Blanquitas.
Criado/Created: 22-05-2020 [10:12]
Última actualização/Last updated: 27-11-2024 [17:00]
For attribution, please cite this work as:
Charters, T., "Trabalho e autogestão": https://nexp.pt/ddr/trabalho.html (22-05-2020 [10:12])
(c) Tiago Charters